AS MAZELAS DA SOCIEDADE SUCUBE

É fevereiro, é carnaval, salve a anarquia, pois nesta época é proibido proibir, tudo pode acontecer.

É e acontece, o governador Arruda se licencia e é preso, o MST se recolhe as suas barracas a espera de um norte, a espera de uma nova luta, os motoristas infratores cometem suas barbáries, tudo pode acontecer, é carnaval.

No sul do País, um motorista com a CNH vencida e com várias multas coloca no bolso de um policial R$600,00 a titulo de suborno, mas é preso. Ainda no sul um vigilante mantêm  sobre cárcere privado por mais de 60 horas sua esposa e após se entrega, onde corremos o risco de ver repetido o fato acontecido com a jovem Eloá que resultou em sua morte. E o que falar dos condutores que neste estado recebem uma multa por excesso de velocidade a cada 08 minutos. O que falar da violência, quantos assassinatos ocorridos no feriadão, mas será que a culpa disto tudo é o feriadão de carnaval?

Pensamos que não! A culpa de tudo isto, se formos pensar é da própria sociedade, pois não sabe se manifestar contra as mazelas que surgem na sociedade como um todo.

O problema é generalizado na segurança, na educação e principalmente na saúde, quesito último que “corta na carne da população”, pois é onde sentimos mais a falta de organização do governo, seja em nível estadual ou municipal, pois o Governo Federal “jogou” nas mãos do estado, e principalmente dos municípios o dever de bem atender os cidadãos. Alega o poder supremo de nosso país que repassa verbas para os estados e conseqüentemente paras os municípios, verbas  estas que chegam aos seu destino sucateadas, defazadas pela corrupção que existe em várias instâncias do governo. As emergências lotadas dos hospitais provam tal afirmativa, assim como nos pequenos municípios, que não investem em infra-estrutura, deixando de construir hospitais e preferindo investir na “ambulancioterapia”, ou seja, despejar seus pacientes nas grandes capitais, provando sua incompetência em gerenciar seu sistema de saúde.

E voltando a segurança publica o que falar do Estado que alega não ter condições de manter a ordem pública, o que falar das Forças Armadas que se resguardam em suas casernas, pois não podem intervir na segurança publica, não aqui no Brasil, mas no Haiti fazem o papel de polícia ostensiva, efetuando prisões e realizando policiamento ostensivo, mas aqui, não pode. Como não pode também a polícia, apropriar-se das armas de última geração apreendidas com os bandidos para combatê-los  a altura, situação lamentável, que acaba desmotivando  a corporação que se sente impotente, quando tem que investir, por exemplo, contra os morros cariocas onde reinam  traficantes que dominam a população e tem  os melhores arsenais  bélicos, impondo seu domínio  em bairros e até em cidades inteiras.

Contudo deixamos por ultimo a situação da educação,esta que deveria ser  o pilar da sociedade,pois junto com o convívio familiar representa a base da formação de qualquer cidadão.As políticas educacionais divergentes,geram analfabetos funcionais,jovens que deveriam ser o futuro da nação,mas será que um dia conseguirão conduzir  nossa nação ou isto ficara a cargos de outras pessoas.

Há que se mudar muita coisa em nosso país agora que terminou o carnaval e o ano começa de fato.

Por Moisés Pacheco,acadêmico de direito e instrutor de auto-escola.