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Sobre o médico que escrevia na

Sobre o médico que escrevia na

Sobre o médico que escrevia nas pacientes:

Breves considerações:

 

O fato de profissionais da saúde indicar outro local para os pacientes serem melhor atendidos, com mais infra-estrutura não é nenhuma novidade devido à situação caótica de nossa saúde publica, tanto no eixo Rio - São Paulo, mas como também aqui no Rio Grande do sul.

Muitos estabelecimentos de saúde, tanto das redes básicas, ou seja, os postos de saúde, como na rede avançadas; os pronto-antendimentos (PAM) e os hospitais de referencia muitas vezes não tem a menor infra-estrutura pra atender caso graves.

Exemplos destes locais, por exemplo, são os hospitais da região metropolitana de Porto Alegre, refiro-me por conhecimento o Hospital da Cachoeirinha que não tem atendimento traumatológico e pra onde a SAMU leva todos os casos de acidentes, obrigando os pacientes, em caso de fratura, ficarem por dias esperando um atendimento especializado em um hospital de grande porte como o Hospital Cristo Redentor, caso similar acontece também no hospital deViamão.

Em Gravataí o PAM, também referencia pra acolhimento de pacientes trazidos pelo SAMU, não tem obstetra ou ginecologista de plantão, porem possui clinico, pediatra e traumatologista de plantão.

Esses casos não são pontuais e mostram as falhas no sistema de saúde publica, deixando na mão dos profissionais de saúde a decisão de atender pacientes sem ter as condições necessárias, como o caso do medico no Hospital Miguel Couto no Rio de Janeiro que escreveu na pele do paciente um hospital onde ela teria melhores condições de atendimento.

Este fato em especial revoltou a mídia porem a mesma não esta avaliando bem esta situação, jogando toda a culpa no profissional, mas se analisarmos imparcialmente o fato veremos por trás deste ato uma tentativa por parte do profissional em ajudar a paciente, devido à gravidade do seu caso, prova é que a paciente ao dar a luz perdeu seu filho. Talvez se tivesse ficado no Hospital Miguel  Couto viesse a morrer também.Não é querer amenizar os fatos,nem hipocritamente agradecer por ela ter sobrevivido,mas a situação é mais complexa.

Quando o paciente chega a um hospital e este não tem condições de atendê-lo, este hospital não pode deixar o paciente abandonado a pro pia sorte, começa então uma corrida aos telefones para fazer tentativas de transferência do paciente para um hospital que possa atender o caso grave deste paciente. Ocorre que com a super-lotação destes hospitais de maior complexidade este paciente entra para uma fila de espera,a chamada “central de leitos”que tenta em todos os hospitais um leito,enquanto isto o paciente tem que ficar no hospital de origem,o mesmo que não tem muitas vezes a menos condição de atender o caso especifico,gerando,muitas vezes,o agravamento do caso do paciente.

A atitude deste medico no Rio de Janeiro deveria ser visto por outro lado, visto como uma tentativa de salvar a vida desta paciente, visto como uma declaração de incompetência, de incapacidade para salvar vidas, deveria ser visto também como um pedido de socorro, um sinal de alerta para as autoridades e para a sociedade, para que alguém tome uma atitude.

A saúde publica pede socorro os fatos estão ai, na mídia, eles acontecem não só no Rio de Janeiro, não só em Porto Alegre ou na Regia Metropolitana, mas em todos os cantos deste Brasil. 

 

Moisés Pacheco.